sexta-feira, 28 de março de 2014

NOVA MUNIÇÃO: O PROJÉTIL R.I.P.

      Algumas semanas atrás, recebi um email de um amigo, com um vídeo, mostrando um novo tipo de munição criada recentemente nos EUA. Dentro dos objetivos do Blog, de tratar também de assuntos ligados ao tiro de defesa, vamos conhecer esta novidade: 
 A munição R.I.P.
      A nova munição, foi apresentada na Shot Show, ocorrida em janeiro deste ano, em Las Vegas, Nevada, EUA. A tecnologia foi desenvolvida pela empresa G2 Research, situada em Winder, Georgia. A sigla R.I.P., segundo o fabricante, significa: Radically Invasive Projectile, ou seja, em português: Projétil Radicalmente Invasivo. No entanto, alguns admiradores dizem que a sigla vem da expressão em inglês, muito usada em lápides: "Rest In Peace" (descanse em paz).
      Uma forte campanha de marketing, tem levado a uma corrida de atiradores americanos às lojas, bem como, suscitado diversas discussões sobre a efetividade do projétil para o tiro de defesa. Distribuída pela empresa AmmoZone Corporation (Flippin -  Arkansas), o preço atual da caixa com 20 cartuchos, está girando (nos EUA) em torno de 45 dólares, entretanto, como a produção ainda é limitada, alguns "safos" tem comprado grandes quantidades logo que chegam no mercado e depois as revendem com ágio de até 200%.
 
Vídeo institucional da G2 Research apresentando a munição R.I.P.  

      Chamado por seus criadores de "O ultimo cartucho que você vai precisar", o R.I.P, apresenta-se como uma combinação de conceitos dos já conhecidos projéteis "Holow points" (ponta oca) e frangíveis. Produzido em uma peça única de cobre, o que torna o projétil inovador é seu formato geométrico, com cerca de um terço do seu comprimento, a partir da base, em cobre sólido e o restante dividido em oito "pétalas" do mesmo material. Segundo o site do fabricante, as "pétalas" somente separaram-se do corpo do projétil depois de penetrar no alvo atingido. Isto ocorre devido ao desenho das "pétalas" e também devido ao fato do projétil atuar como uma serra copo ao chocar-se com o alvo. Após o impacto e haver penetrado no alvo, as "pétalas" rompem-se e tomam caminhos distintos, com deslocamento de até 180º em relação à linha da trajetória original. Desta maneira, o impacto de um destes projéteis no corpo humano, resultaria em nove cavidades com um efeito devastador nos órgãos internos.

Cartucho R.I.P.
Projétil R.I.P.
Imagem de uma "pétala" isolada (notar os detalhes do design, cuja patente ainda encontra-se pendente)


Imagem do impacto de um R.I.P. num bloco de gelatina balística.
      Segundo o site do fabricante, as características e o desempenho da munição são os seguintes:
  • Penetração em gelatina balística: 14 a 16 polegadas;
  • Agrupamento: 2 polegadas a 25 jardas;
  • Velocidade inicial: 385 metros por segundo;
  • Material: Projétil de cobre sólido (totalmente isento de chumbo);
  • Peso do projétil: 96 grains;
  • Abre nove cavidades diferentes; e
  • Penetra chapas de metal, para-brisas, folhas de compensado e várias camadas de roupas pesadas.

Imagem de cartuchos R.I.P. e de uma abóbora atingida, mostrando o orifício de entrada e "os orifícios" de saída.
    Segundo a G2 Research, a munição está sendo produzida inicialmente somente no calibre 9 mm Luger, mas estão incluídos nos planos da empresa, a produção também nos calibres .380 ACP, .357 Sig, .40 S&W, .45 ACP e balote para espingardas calibre 12 GA. A .380 ACP deve estar chegando às lojas no fim do mês de abril, conforme informações da G2R.
      A despeito de todas as qualidades apregoadas pelo fabricante, estão ocorrendo no EUA, vários testes e acaloradas discussões em torno do real poder de parada da munição. Por enquanto, devido ao pouco tempo de mercado, é melhor esperar mais dados para só então formar uma opinião sobre o assunto. Porém, se  levarmos em consideração os testes de Strasbourg, onde as munições frangíveis e de ponta oca obtiveram os melhores resultados, a R.I.P. tem boas chances de se tornar um sucesso e a maior inovação das ultimas décadas em design de projéteis para defesa. Vamos aguardar.

Agradecimento especial ao meu caro amigo José Roberto Oliveira Lima, pelo envio do vídeo que gerou a ideia deste artigo.
FIDE ET LABORE.



6 comentários :

  1. Se os seres humanos não fossem piores que animais, com certeza não precisaríamos de tais munições para nós defender, mais infelizmente temos que defender nossas familiar e bem estar das pessoas der paz.

    ResponderExcluir
  2. A "RaçaHumana"...aliás nós animais Dito de(Racionalidade),Sempre fomos mal em todos os aspectos...Sempre (matou)seu igual e seu Desiguais...se o Sistema opressor Capitalista NÃO almejasse que Pessoas Morressem,eles o Sistema opressor Capitalista...Brecava ou proibia a fabricação de armas...

    ResponderExcluir